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O Que é CDI e CDB? Entenda a Diferença, a Rentabilidade e o Impacto no Caixa da Empresa

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19.11.2024
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Equipe LeverPro

O que é CDI e CDB? Se você está no setor financeiro de uma empresa ou quer entender o que é CDI e CDB trará grandes benefícios para sua estratégia financeira.

CDI e CDB, são instrumentos financeiros, mas que tem sua função diferente do outro. Enquanto um é um índice, o outro é um produto de investimento. 

Mas qual é a diferença entre CDI e CDB? E como eles podem impactar a rentabilidade e a liquidez do caixa empresarial?

Neste artigo, explicaremos o que é CDI e CDB, como funcionam, qual a rentabilidade e quais fatores considerar para avaliar a liquidez daquilo que é produto de investimento e do índice financeiro.

O que é CDI?

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é uma taxa de juros usada em operações de empréstimos de curtíssimo prazo entre bancos.

O CDI ajuda as instituições financeiras a manterem o caixa equilibrado no fechamento do dia, conforme exigido pelo Banco Central.

Esta taxa é recalculada diariamente, refletindo o custo dos empréstimos no mercado interbancário e acompanhando de perto a taxa Selic.

Para o mercado, o CDI serve como referência de rentabilidade para diversos produtos de renda fixa. Quando ouvimos que um investimento rende 100% do CDI, isso significa que ele acompanha essa taxa, ajustando-se conforme o cenário econômico.

Além disso, o CDI serve como referência de rentabilidade para investimentos de renda fixa, que podem render proporcionalmente a essa taxa, ajustando-se de acordo com o cenário econômico.

O que é CDB?

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título de renda fixa emitido pelos bancos para captar recursos junto ao público.

Quando alguém investe em um CDB, está emprestando dinheiro ao banco, que paga uma taxa de juros em troca. Existem duas modalidades principais de CDBs:

  1. CDB Pré-Fixado: A taxa de retorno é definida no momento da aplicação e permanece fixa até o vencimento, ideal para quem quer previsibilidade.
  2. CDB Pós-Fixado: Oferece uma rentabilidade indexada ao CDI, como 100% ou 120% do CDI, permitindo que o rendimento acompanhe o mercado.

Uma das grandes vantagens do CDB é a segurança: ele conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores de até R$250 mil por instituição financeira, garantindo proteção extra para o investidor.

Além de suas modalidades de rentabilidade, o CDB se destaca pela flexibilidade quanto ao prazo de resgate.

Existem CDBs com liquidez diária, que permitem o resgate a qualquer momento, e CDBs de prazo fechado, nos quais o investidor só pode retirar o valor ao término do período estabelecido.

Esse aspecto permite que os CDBs atendam a diferentes perfis de investidores: aqueles que buscam uma reserva de emergência, com facilidade para sacar o dinheiro, e os que preferem deixar o investimento rendendo a longo prazo para obter melhores taxas.

Assim, o CDB alia segurança, com a garantia do FGC, e flexibilidade, adaptando-se aos mais variados objetivos financeiros.

Diferença entre CDI e CDB

A diferença entre CDI e CDB é fundamental para entender suas aplicações. Preparamos um quadro comparativo completo para você, confira:

diferença entre CDI e CDB

Em resumo, o CDI serve como um indicador de rentabilidade no mercado financeiro, enquanto o CDB é uma aplicação de renda fixa que oferece ao investidor uma rentabilidade que pode ser indexada ao próprio CDI.

Qual a rentabilidade do CDB?

A rentabilidade do CDB pode variar conforme o tipo de título e a instituição emissora.

Nos CDBs pós-fixados, a taxa acompanha um percentual do CDI, variando entre 90% e 120% do CDI, enquanto nos CDBs pré-fixados, a taxa de retorno é definida no início do investimento.

Esses produtos do CDB, permitem ao investidor escolher a opção mais adequada conforme seu perfil e metas financeiras.

Como a Liquidez do CDB Impacta a Gestão de Caixa Empresarial?

Para o setor financeiro, a liquidez do CDB é essencial para garantir uma boa gestão de caixa.

Existem CDBs de liquidez diária, que permitem resgate a qualquer momento, e outros que exigem um prazo de carência, onde o capital só pode ser retirado após um período estabelecido.

Uma gestão de caixa eficaz precisa considerar:

  • CDBs de liquidez diária: Ideais para fundos que precisam estar sempre disponíveis, permitindo uma reserva estratégica para despesas operacionais e imprevistos.
  • CDBs com prazo de carência: Indicado para reservas de longo prazo, permitindo maior rentabilidade ao investir valores que não precisarão ser usados de imediato.

Avaliar a liquidez e os prazos de resgate ajuda o setor financeiro a escolher os CDBs mais adequados e maximizar a rentabilidade sem comprometer a disponibilidade de caixa.

Além da escolha entre CDBs de liquidez diária e com prazo de carência, é crucial para o setor financeiro equilibrar rentabilidade e flexibilidade na estratégia de investimentos.

A diversificação entre esses tipos de CDB permite que o caixa mantenha um nível de segurança para cobrir obrigações de curto prazo e, ao mesmo tempo, aproveite taxas mais atrativas para reservas de longo prazo.

Essa abordagem não apenas otimiza o retorno do capital disponível, mas também protege a instituição de eventuais oscilações do mercado e proporciona uma resposta ágil em situações de necessidade, fortalecendo a capacidade financeira da empresa.

Como Avaliar o Risco do Banco Emissor ao Investir em CDB?

Avaliar o risco do banco emissor é crucial para o setor financeiro ao decidir sobre investimentos em CDBs. A segurança do capital depende da solidez da instituição que emite o título.

Alguns fatores a serem considerados:

Rating de crédito:

Bancos são classificados por agências de rating como Moody’s e Fitch. Um rating alto indica menor risco, enquanto um rating baixo pode indicar uma instituição financeira com maiores chances de inadimplência.

Garantia do FGC:

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) cobre até R$ 250 mil por instituição, o que protege o investidor, mas é importante observar o limite para não expor o capital da empresa a riscos excessivos.

Histórico financeiro do banco: Bancos com histórico consolidado e sólidos relatórios financeiros tendem a ser mais seguros para investimentos.

Ao analisar o risco do banco emissor, o setor financeiro pode fazer escolhas mais seguras, especialmente ao aplicar valores que excedem o limite de proteção do FGC.

Outros Investimentos Atrelados ao CDI que o Setor Financeiro Empresarial deve conhecer

Além do CDB, há outros investimentos atrelados ao CDI, como:

  • LCI (Letra de Crédito Imobiliário):

A LCI é uma opção de investimento segura para empresas que desejam rentabilizar seus recursos enquanto financiam o setor imobiliário.

Com rendimentos atrelados ao CDI e isenção de IR para pessoas físicas, as empresas podem utilizá-la para diversificar suas aplicações, embora não se beneficiem da isenção tributária. É ideal para organizações com excedentes de caixa e que buscam retornos estáveis.

  • LCA (Letra de Crédito do Agronegócio):

A LCA é uma alternativa eficiente para empresas que desejam aplicar recursos com segurança e apoiar o agronegócio. Com taxas competitivas e proteção pelo FGC, é atrativa para empresas que valorizam a diversificação de portfólio.

Apesar de a isenção de IR não ser válida para empresas, a LCA pode ser integrada em estratégias de gestão de caixa para maximizar a liquidez e rentabilidade.

  • Fundos DI:

Os Fundos DI são excelentes para a gestão de caixa empresarial, pois oferecem liquidez imediata e rentabilidade baseada no CDI, ideal para cobrir obrigações de curto prazo.

Empresas podem utilizá-los como reserva estratégica para pagamentos operacionais ou imprevistos. Contudo, devem considerar a ausência de proteção do FGC e o impacto tributário da tabela regressiva do IR.

  • A LC (Letra de Câmbio):

As LCs são instrumentos adequados para empresas que desejam investir com prazos determinados e rentabilidade estável, muitas vezes superior a outras opções de renda fixa.

Protegidas pelo FGC até R$ 250 mil por instituição, são indicadas para aplicações acima de curto prazo. Empresas devem planejar resgates com antecedência devido à menor liquidez em alguns casos.

Essas opções permitem ao investidor diversificar e ajustar o nível de liquidez e segurança conforme seus objetivos financeiros.

Conclusão

Entender a diferença entre CDI e CDB, é essencial para uma gestão financeira inteligente e segura.

O CDI, como taxa de referência para renda fixa, e o CDB, como produto acessível ao público, oferecem boas oportunidades para rentabilizar o capital empresarial e proteger o caixa.

Compreender a dinâmica do CDI e do CDB é fundamental para uma gestão financeira sólida e estratégica.

Juntos, eles oferecem ao setor empresarial ferramentas valiosas para otimizar a rentabilidade e garantir a liquidez necessária ao caixa.

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Fontes e Referências

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