A correta classificação dos ativos em circulantes e não circulantes é fundamental para a gestão contábil e financeira das empresas.
Essa segregação segue os princípios contábeis estabelecidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e pela Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), atualizada pelas Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09.
Neste artigo, vamos abordar o que são os ativos circulantes e não circulantes, suas principais diferenças, exemplos práticos e a importância para a análise financeira e contábil das organizações.
O ativo circulante engloba todos os bens e direitos da empresa com alta liquidez, ou seja, aqueles que podem ser convertidos em dinheiro dentro do ciclo operacional da empresa ou no prazo máximo de 12 meses.
Esses ativos são essenciais para a operação diária da organização e garantem sua solvência no curto prazo.
Principais contas do ativo circulante:
Exemplos práticos:
O ativo não circulante reúne os bens e direitos da empresa que não possuem liquidez imediata e cuja conversão em dinheiro ou utilização ocorre em um prazo superior a 12 meses.
Esse grupo é composto por ativos de longo prazo, fundamentais para a estruturação e continuidade das operações da empresa. Em geral, incluem investimentos estratégicos, bens utilizados na produção e ativos intangíveis que agregam valor ao negócio.
Categorias do ativo não circulante:
Exemplo: Empréstimos concedidos a terceiros com prazo superior a um ano.
Exemplo: Participações societárias em controladas e coligadas.
Exemplo: Máquinas, veículos, imóveis e equipamentos.
Exemplo: Patentes, marcas, softwares adquiridos.
Agora que entedemos o conceito de ativo circulante e não circulante, entender a diferença entre eles é fundamental.
A principal diferença entre Ativo Circulante e Ativo Não Circulante está na liquidez e no prazo esperado para a conversão desses ativos em dinheiro.
Como vimos, o Ativo Circulante é composto por bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro dentro do período de até 12 meses ou dentro do ciclo operacional da empresa (caso seja superior a esse prazo).
Por outro lado, o Ativo Não Circulante engloba os bens e direitos que não possuem liquidez imediata, sendo convertidos em dinheiro após 12 meses.
Esses ativos geralmente estão relacionados à infraestrutura e ao crescimento da empresa, como investimentos, máquinas, imóveis e patentes. Eles são fundamentais para a continuidade e expansão dos negócios, mas não estão diretamente ligados ao giro operacional da empresa.
A seguir, a tabela resume as diferenças entre esses dois grupos de ativos:
A correta classificação e gestão dos ativos circulantes e não circulantes desempenha um papel essencial na saúde financeira da empresa.
Essa organização permite a avaliação da capacidade da empresa de cumprir suas obrigações no curto e longo prazo, além de influenciar diretamente no planejamento estratégico.
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2. Planejamento Financeiro
3. Saúde Financeira
Os ativos circulantes podem ser subdivididos em diferentes categorias, dependendo de sua relação com a operação da empresa.
1. Ativo Circulante Líquido
2. Ativo Circulante Cíclico
3. Ativo Circulante Operacional
Os ativos não circulantes são classificados em diferentes categorias, de acordo com sua finalidade e prazo de realização.
O cálculo dos ativos é fundamental para o acompanhamento financeiro e patrimonial da empresa.
Ativo Circulante = Caixa + Contas a Receber + Estoques + Despesas Antecipadas
Exemplo:
Ativo Não Circulante = Realizável a Longo Prazo + Investimentos + Imobilizado
Exemplo:
Sim, pois os valores a receber de clientes representam um direito realizável no curto prazo, sendo registrado na conta de Contas a Receber.
São classificados como ativos não circulantes, na subcategoria de imobilizado, devido à sua utilização prolongada na empresa.
Sim, os estoques são ativos circulantes, pois representam bens destinados à venda ou ao consumo dentro do ciclo operacional da empresa.
Quais são os tipos do ativo não circulante?
A correta diferenciação e gestão dos ativos circulantes e não circulantes são essenciais para o controle financeiro, a elaboração do balanço patrimonial e a tomada de decisões estratégicas dentro da empresa.
Um gerenciamento eficiente desses ativos permite garantir a liquidez necessária para a operação diária e manter a estabilidade financeira no longo prazo.
Além disso, a análise detalhada desses ativos contribui para a identificação de oportunidades de crescimento, otimização de recursos e mitigação de riscos financeiros.
Empresas que utilizam essas informações de forma estratégica conseguem planejar melhor seus investimentos, equilibrar o capital de giro e sustentar um crescimento sustentável no mercado.
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