A gestão eficiente do fluxo de caixa é essencial para a saúde financeira de qualquer empresa. Dois métodos principais são utilizados para calcular e analisar o fluxo de caixa: o dfc método direto e o dfc método indireto.
Um estudo da UFRGS traz que, Assaf Neto, um dos mais respeitados economistas do Brasil explica que "o fluxo de caixa de maneira ampla é um processo pelo qual a empresa gera e aplica seus recursos de caixa determinados pelas várias atividades desenvolvidas, no qual as atividades da empresa dividem-se em operacionais, de investimentos e de financiamento."
É neste contexto que entender as diferenças, vantagens e desvantagens de cada um pode ajudá-lo a escolher a melhor abordagem para seu negócio.
Você irá descobrir a partir de agora, neste guia que vai muito além de explorar o conceito de fluxo de caixa indireto e direto
Avance na leitura para saber tudo sobre controle financeiro nos seguintes tópicos:
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Ao solicitar um Demonstrativo de Fluxo de Caixa, ele poderá ser entregue seguindo o método direto ou indireto. O método direto demonstra toda a movimentação do caixa e, o indireto considera todas as contas que influenciarem de forma indireta a composição do caixa
Mas qual método escolher para analisar o caixa de forma apropriada? Existe algum método que pode complementar uma avaliação geral da empresa? Qual é o método mais indicado?
Os dois métodos possuem seus benefícios, tanto para construir a DFC quanto para traçar uma análise. Um método pode ser mais simples e rápido de ser feito, enquanto o outro pode trazer vantagens na hora da análise do caixa.
Ambas as formas de fazer o demonstrativo são válidas, mas cada uma possui suas próprias características, vantagens e desvantagens. Acompanhe o artigo e conheça mais sobre ao fluxo de caixa indireto e direto.
O Demonstrativo de Fluxo de Caixa é uma demonstração contábil que mostra como está a saúde financeira da empresa, e é um dos instrumentos mais importantes de análise orçamentária de um negócio.
O relatório é obrigatório para declarações como o SPED ECD, além de ser imprescindível para participar de processos licitatórios, por exemplo.
Também é importante observar que a lei 11638/07 prevê a obrigatoriedade do Demonstrativo de Fluxo de Caixa para empresas de capital aberto e fechado.
Junto dos demais relatórios contábeis, o DFC tem uma função complementar, ajudando o gestor ou empresário na tomada de decisão. Se com o Balanço Patrimonial e DRE (Demonstrativo do Resultado do Exercício) o gestor tem uma visão geral do negócio, com o fluxo de caixa é possível analisar:
· A saúde financeira da empresa;
· Reconhecer a origem dos valores e o destino;
· Comparação entre o faturamento e o recebido;
· Investimentos feitos pela empresa.
Além de vários outros estudos. O fluxo de caixa ainda pode ser solicitado para processos licitatórios e declarações junto à Receita Federal. Mas antes de enviar o DFC, vamos conhecer mais sobre o método direto e indireto.
Primeiro, vamos definir a principal diferença entre o fluxo de caixa direto e o fluxo de caixa indireto.
O fluxo de caixa direto se trata do controle de entradas e saídas realizados, em valores brutos, representando o caixa líquido da empresa.
Já o método indireto, por sua vez, demonstra diferenças entre o caixa real e o saldo das demonstrações contábeis, constituído por contas e valores que não influenciam diretamente no caixa.
Vamos entrar mais em detalhe sobre cada um destes. Mas antes, temos uma dica especial do nosso CEO, Aysson Guimarães. Clica e confira!
O fluxo de caixa direto, dfc metodo direto, é aquele que mostrará as entradas e saídas dentro do fluxo de caixa. Ou seja, por meio de método direto, a pessoa enxergará todos os valores que influenciaram de alguma forma no caixa, sob a perspectiva do próprio caixa.
Uma das principais utilizações do dfc método direto fica por conta da análise e gestão financeira da empresa. Empresas que buscam analisar de forma mais detalhada o fluxo de caixa, procuram pelo DFC método direto.
Elabore o seu fluxo de caixa direto com o nosso passo-a-passo.
Como o próprio nome já diz, o fluxo de caixa indireto é aquele constituído por contas e valores que não influenciam diretamente no caixa. Ou seja, as contas que fazem parte do método indireto são as de resultado, as mesmas contas encontradas no DRE.
Por ser um método que utiliza as contas de resultado e não mostram diretamente os efeitos dos valores sobre o caixa da empresa, o método indireto é mais utilizado pelas contabilidades, na entrega de declarações, além de ser preterido pelos gestores, uma vez que a análise é focada em dados econômicos e de resultados da empresa.
Diferente do que acontece com o DFC direto, no método indireto, a estrutura é baseada nas contas de resultado.
Ou seja, ao invés de constar todos os valores que movimentaram as disponibilidades, o gestor terá um DFC que vai mostrar contas de resultado, como a depreciação, por exemplo.
Segue a explicação de um modelo de DFC indireto:
Na primeira parte da DFC indireta os dados são referentes à operação da empresa. Portanto, as contas de resultado, depreciação, variação de estoque, fornecedores, recebimentos entre outras vão estar aqui.
Vale destacar que diferente do método direto, no indireto aparece contas de resultado, como, por exemplo: o lucro ou prejuízo do período e a depreciação.
Na parte de investimentos do método indireto, existem os valores referentes ao imobilizado da empresa e demais investimentos. Inclusive, investimentos no mercado de capitais tem espaço nessa parte do DFC.
Por último há os valores referentes a financiamentos, empréstimos e demais capitais de terceiros. Valores de financiamentos, empréstimos e outras operações financeiras que envolvem terceiros são lançados nesse trecho do DFC.
Após levantar os valores referentes a operação, investimento e financiamento da empresa, chegou a hora de somar os valores e conhecer qual foi a variação do caixa. O DFC indireto só estará correto, caso o resultado obtido ao final seja igual à variação das disponibilidades da empresa.
Vale destacar que o usuário pode inserir ainda mais contas em cada um dos três grupos do DFC indireto. Por exemplo, se existem valores referentes a fornecedores ou sobre IRPJ e CSLL a pagar, tais valores podem ser inseridos no Grupo 1 (Atividade Operacional).
Enquanto o DFC método direto mostra todas as movimentações que envolvem o caixa e suas disponibilidades, o DFC indireto trata de valores que não influenciaram diretamente o caixa.
A vantagem do DFC direto está relacionada à leitura mais focada no próprio caixa. Por se tratar de um relatório de fluxo de caixa que vai mostrar todas as contas que influenciaram as disponibilidades, o método direto é mais indicado para análise da saúde financeira da empresa.
A desvantagem do método direto está vinculada a dificuldade de construir o mesmo. Como estamos tratando de diversas contas que vão movimentar o caixa em um determinado período, juntar todas essas contas de forma organizada no DFC requer atenção e cuidado.
O fluxo de caixa indireto é o mais simples a ser feito e o mais recomendado a ser utilizado na entrega de declarações e documentos para bancos, licitações e demais processos. Por se tratar de um DFC que mostra um panorama mais completo da empresa, com a adição de contas de resultado, o método indireto é mais interessante.
O ponto negativo fica por conta da falta de detalhes sobre as movimentações que impactam o caixa. Então, para análise de fluxo de caixa, o indireto não é o mais recomendável.
O DFC método direto e indireto pode ser utilizado para fazer diversas análises. No método direto, o principal está baseado no fluxo de caixa analítico, trazendo as contas que influenciaram nas disponibilidades da empresa.
Também é importante ressaltar que é possível utilizar da mesma estrutura do fluxo de caixa para criar uma Projeção de Fluxo de Caixa, que será capaz de prever como serão os valores de entrada e saída de caixa no futuro.
Assim, junto das demais análises que mencionamos acima, o gestor terá oportunidades de avaliar o futuro do caixa, e terá ferramentas para se preparar para eventuais situações negativas, ou aproveitar oportunidades futuras.
Para se aprofundar mais no tema, confira nosso e-book sobre 5 Formas de Projetar sua Receita - do básico ao avançado, ou leia nossos artigos de acompanhamento do e-book, que servem como uma introdução ao conteúdo.
Já o DFC indireto tem potencial quando utilizado junto ao DRE em análises. Como o método indireto traz contas do resultado, junto do DRE, ambos os relatórios são complementares e vão ajudar o gestor a identificar problemas e soluções no resultado da empresa.
Elaboramos um artigo onde você aprenderá a analisar seu fluxo de caixa da maneira mais eficaz possível.
Tanto o fluxo de caixa indireto quanto o direto podem ser utilizados e são amplamente aceitos.
O Demonstrativo de Fluxo de Caixa é um documento contábil obrigatório para declarações e processos, como as licitações. Inclusive, para as declarações e processos, o método indireto é aquele mais interessante, enquanto o direto é o melhor para análise do fluxo financeiro da companhia.
Como o método indireto traz valores referentes ao resultado da empresa e não mostra as contas que influenciam diretamente o caixa, não é recomendável utilizar esse tipo de DFC para análise do caixa, para isso, o método direto é o mais adequado.
Já o fluxo de caixa indireto é ótimo para análise conjunta ao DRE, assim o gestor consegue visualizar melhor, tendo um panorama completo do resultado com as repercussões no caixa.
Por mais que ambos os relatórios sejam de grande ajuda na análise, cada um de sua forma, os relatórios contábeis nem sempre são de fácil compreensão, principalmente para os empresários e gestores, aqueles que são os tomadores de decisão. Por isso, a automação contábil é a grande aliada dos gestores.
Um bom exemplo de sistema de automação é o da LeverPro.
A LeverPro presta serviços que vão desde a automação de relatórios contábeis personalizados até o planejamento financeiro da empresa.
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