Sabemos que o Balanço Patrimonial, DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) e o DRE (Demonstrativo do Resultado do Exercício) são documentos contábeis de extrema relevância para a operação de qualquer empresa. Entretanto, além do DRE Contábil convencional, contamos com o DRE Gerencial.
Através do DRE, o gestor analisará o resultado da empresa e diversos outros aspectos, mas é por meio do gerencial, que a leitura fica mais fácil e a tomada de decisão se torna mais rápida. Para compreender mais sobre o DRE gerencial, acompanhe o nosso artigo.
Diferente do DRE comum, que segue os padrões estabelecidos para Demonstrações Contábeis pelo CPC (Comitê de Pronunciamento Contábil), o gerencial é um modelo onde as informações contidas no DRE convencional ficam mais bem expostas ao gestor. Vale destacar que outras informações que podem inclusive alterar o valor do resultado também podem entrar no gerencial.
Por exemplo: a empresa encerrou o período e não lançou os valores de perdas que poderiam ser reconhecidos, mas ainda não foram. Dentro de uma eventual análise, considerando as perdas que estão no radar, o gestor pode confeccionar um DRE gerencial, cujos valores já estão sendo identificados como perdas e, portanto, alterando o resultado.
Outro ponto importante sobre o DRE gerencial está relacionado a sua estrutura. Por se tratar de um relatório que não segue padrões definidos e normalmente é desenvolvido para atender as necessidades do gestor da empresa, o DRE gerencial pode ser amplamente “customizado”.
Ou seja, além de contar com eventuais perdas que ainda não foram reconhecidas, o gestor poderá adicionar possíveis ganhos com vendas que já foram seladas, mas não foram registradas por meio de nota fiscal, despesas com uma possível demissão que ainda não ocorreu, mas em breve pode acontecer, enfim, são vários itens que podem ser alocados no DRE gerencial.
O gestor utilizará o DRE gerencial para fazer diferentes tipos de análises. Por exemplo, na hora de comparar o regime tributário atual com outros, análise de períodos anteriores ou para estudo de eventuais resultados.
Dentro desses cenários que podem ser simulados e levantados por meio do DRE gerencial, o gestor terá capacidade de aprofundar os estudos sobre a empresa.
No caso de uma comparação tributária, o gestor pode simular o DRE no caso de tributações diferentes. Se a empresa já é do lucro presumido, poderia ter um DRE sob a ótica do Simples e outro no Lucro Real.
Inclusive, dentro desse DRE gerencial, o gestor poderia mexer em alguns aspectos do resultado a fim de avaliar como a performance da empresa poderia afetar cada uma das tributações e se haveria condições de realizar mais alterações com o fim de conseguir um benefício fiscal melhor.
Por exemplo: no Lucro Real, uma empresa que possui mais despesas pode conseguir reduzir parte dos ganhos e consequentemente a tributação que vem do resultado. Desse modo, o aumento dos investimentos da empresa pode ocasionar aumento das despesas que por sua vez pode levar a uma economia tributária no caso da troca do Presumido pelo Real.
Isso pode ser simulado em um DRE gerencial. A mesma coisa vale para a empresa que enxerga uma redução no faturamento e a possibilidade de se encaixar uma alíquota mais competitiva dentro do Simples ao invés de permanecer no Presumido.
Inclusive, o DRE Gerencial pode trazer aspectos que ajudarão bastante dentro da Análise Vertical e Horizontal.
O DRE gerencial utilizará praticamente toda a estrutura do DRE contábil, porém, haverá alguns itens que serão personalizáveis para a análise do gestor.
Supondo que o gestor queira um DRE gerencial para comparar as diferentes formas de tributação, simulando que a empresa esteja enquadrada no Lucro Real, Presumido e Simples. Desse modo, na parte de deduções, antes da Receita Líquida e na parte final, antes do resultado líquido, terão os dados para a comparação dos tributos.
No mais, a estrutura do DRE será praticamente a mesma. Segue um breve exemplo:
Vale destacar que além da comparação tributária existem diversos outros itens personalizáveis dentro do DRE. No mais, a estrutura do DRE contábil se mantém, mas com a personalização necessária para atender as necessidades do gestor.
O DRE Contábil trará a estrutura e os dados dentro dos padrões do CPC e das melhores práticas internacionais. Portanto, eventuais customizações e outros dados não são inseridos no DRE contábil, mas sim no gerencial.
Já o DRE gerencial traz um nível de customização maior, sendo possível inserir mais contas e dados a fim de mostrar ao gestor outros cenários e o verdadeiro resultado que a empresa teria em algumas situações, como em uma simulação de tributação, no reconhecimento de eventuais perdas ou ganhos. Tudo isso poderá ser feito no DRE gerencial.
Por se tratar de um DRE que traz mais informações e tem estrutura feita para facilitar a leitura e compreensão do gestor, o DRE gerencial pode automatizado de acordo com as necessidades da sua empresa, de forma integrada aos seus dados contábeis.
Buscando uma empresa especializada na integração e automação de relatórios contábeis, o gestor será capaz de gerar DREs Gerenciais com agilidade e precisão, com dados atualizados e conectados diretamente ao ERP do seu negócio, minimizando a chance de erros em relatórios elaborados.