As despesas operacionais desempenham um papel crucial na contabilidade e na gestão financeira das empresas.
Elas abrangem todos os gastos necessários para manter as operações diárias do negócio, impactando diretamente o resultado operacional na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que são despesas operacionais, seus principais tipos, como calculá-las na DRE, e a importância de classificá-las corretamente para uma gestão financeira eficiente.
As despesas operacionais representam todos os gastos necessários para garantir o funcionamento contínuo de uma empresa.
Elas incluem custos relacionados à administração, vendas, distribuição e demais atividades essenciais para a manutenção das operações sem interrupções.
Essas despesas são registradas na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e impactam diretamente o lucro operacional da empresa.
Dessa forma, a correta gestão dessas despesas é fundamental para avaliar a eficiência financeira e operacional do negócio, contribuindo para uma administração mais estratégica e sustentável.
Exemplos de despesas operacionais incluem:
As despesas operacionais podem ser classificadas em três grandes grupos:
Essas despesas estão diretamente relacionadas às atividades de vendas e distribuição dos produtos ou serviços da empresa. Entre os principais exemplos, destacam-se:
Englobam os custos administrativos necessários para manter a estrutura da empresa, como:
São custos diversos que não se encaixam nas categorias anteriores, mas que são fundamentais para a manutenção das atividades da empresa, tais como:
As despesas pré-operacionais são todos os gastos incorridos antes do início das atividades comerciais da empresa.
Esses custos têm o objetivo de estruturar e preparar o negócio para operar de forma eficiente e, por isso, muitas vezes são considerados investimentos iniciais.
Embora não façam parte das despesas operacionais recorrentes, são fundamentais para viabilizar o funcionamento da empresa.
A correta gestão dessas despesas é essencial para um planejamento financeiro sólido, evitando imprevistos e garantindo que a empresa inicie suas atividades de forma estruturada e sustentável.
Para calcular as despesas pré-operacionais na DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), deve-se amortizar os gastos iniciais ao longo da vida útil prevista do investimento. Essa amortização é registrada periodicamente como uma despesa operacional.
Fórmula para cálculo da amortização:
Por exemplo, se uma empresa investiu R$ 100.000 em despesas pré-operacionais e espera utilizar esses ativos por 5 anos, a despesa anual de amortização seria de R$ 20.000 (R$ 100.000 / 5 anos).
Os custos operacionais podem ser classificados em duas categorias principais: custos fixos e custos variáveis. Esses custos estão diretamente relacionados à operação da empresa e impactam sua estrutura financeira e lucratividade.
São aqueles que não variam de acordo com o volume de produção ou vendas. Eles permanecem constantes independentemente do nível de atividade da empresa e representam despesas recorrentes.
Exemplos:
São aqueles que mudam proporcionalmente ao volume de produção ou vendas. Quanto maior a atividade da empresa, maior será esse custo.
Exemplos:
Importância na DRE: Enquanto os custos fixos impactam a margem de contribuição, os custos variáveis influenciam diretamente o custo das mercadorias vendidas (CMV) e, consequentemente, o lucro bruto.
As despesas não operacionais são gastos que não estão diretamente ligados à atividade principal da empresa.
Elas surgem de atividades secundárias, extraordinárias ou eventuais e, embora não afetem o lucro operacional, impactam diretamente o lucro líquido da empresa.
Essas despesas podem resultar de fatores externos, decisões estratégicas ou eventos imprevistos, sendo essenciais para a análise da saúde financeira do negócio.
Na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), as despesas não operacionais são registradas abaixo do lucro operacional, garantindo a separação entre os resultados das operações principais e os efeitos de atividades extraordinárias.
Uma gestão eficiente dessas despesas é essencial para evitar impactos negativos excessivos no lucro líquido e manter a sustentabilidade financeira da empresa.
As despesas operacionais se dividem em três tipos principais:
Relacionadas ao processo de venda e distribuição de produtos ou serviços. Incluem comissões de vendas, publicidade, logística e despesas com representantes comerciais.
Englobam os custos necessários para manter a infraestrutura administrativa da empresa. Incluem salários administrativos, serviços terceirizados e despesas gerais de escritório.
São gastos diversos que não se enquadram diretamente nas categorias comerciais ou administrativas, como treinamento, despesas com viagens e custos de manutenção geral.
Para calcular as despesas não-operacionais na DRE, devem-se identificar todos os gastos que não estão relacionados diretamente à atividade principal da empresa. Após essa identificação, as despesas são registradas na seção específica da DRE, geralmente após o lucro operacional.
Exemplo prático: Se uma empresa teve uma perda de R$ 50.000 na venda de um imóvel e R$ 10.000 em despesas financeiras, o total das despesas não-operacionais seria de R$ 60.000.
A correta classificação das despesas operacionais e não-operacionais é essencial para:
Compreender o conceito e a classificação das despesas operacionais e não operacionais é essencial para uma gestão financeira eficiente e estratégica.
A correta identificação desses gastos permite uma análise mais precisa da rentabilidade, sustentabilidade e desempenho econômico da empresa.
Uma boa organização das despesas impacta diretamente na tomada de decisões, possibilitando ajustes orçamentários, redução de custos desnecessários e maior previsibilidade financeira.
Além disso, a distinção entre despesas operacionais e não operacionais auxilia na construção de relatórios contábeis mais transparentes, facilitando o planejamento e o cumprimento das obrigações fiscais.
Portanto, ao classificar corretamente as despesas e adotar uma gestão financeira bem estruturada, as empresas podem aumentar sua eficiência, maximizar lucros e garantir um crescimento sustentável no longo prazo.
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