Demonstrações Contábeis

O Guia Definitivo para as Demonstrações Contábeis

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10.11.2022
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Equipe LeverPro

Para se ter um bom controle e gestão as pequenas e grandes empresas recorrem a contabilidade para obter informações da saúde financeira de seu negócio, essa por fim auxilia com a utilização de alguns relatórios denominados demonstrações contábeis, que são informações financeiras geradas pela empresa o CPC 26 informa que as demonstrações que devem ser elaboradas são: Balanço Patrimonial (BP); Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); Demonstração do resultado Abrangente (DRA); Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); Demonstração do Valor Adicionado (DVA); Notas Explicativas (NE).

No decorrer deste artigo, vamos identificar e explicar a funcionalidade e importância de cada uma.

O que são demonstrações contábeis e quais são seus objetivos?

As Demonstrações Contábeis tem por objetivo fornecer informações para tomada de decisão, afim de conhecer a real situação do negócio, gerando uma posição patrimonial e financeira da organização.

De acordo com o CPC 26;

As demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a posição financeira e patrimonial, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade. Para apresentação adequada, é necessária a representação confiável dos efeitos das transações, outros eventos e condições de acordo com as definições e critérios de reconhecimento para ativos, passivos, receitas e despesas como estabelecidos na Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis. Presume-se que a aplicação dos Pronunciamentos, Orientações e Interpretações, com divulgação adicional quando necessária, resulta em demonstrações contábeis que representam apropriadamente o que se propõe a retratar.

Quais demonstrações contábeis são obrigatórias pela Lei nº. 11.638/07?

A Lei nº. 11.638/07 trata das companhias de sociedade anônima S.A. Portanto, para empresas de capital aberto se tem uma exigência de divulgação das demonstrações contábeis sendo assim, o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração do Resultado Abrangente (DRA), Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), Notas Explicativas (NE).

Vale destacar que tanto para as empresas S.A quanto para as PME 's, a demonstração DLPA (Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados) pode ser substituída pela DMPL.

O DVA (Demonstração do Valor Adicionado) é outro relatório que pode ser divulgado, mas não é obrigatório. Este relatório aparece como facultativo para empresas de pequeno e médio porte.

Outro segmento de empresas que devem divulgar seus relatórios contábeis são as S.A de capital aberto. 

As pequenas e médias empresas seguem uma regra diferente das empresas de capital aberto e de acordo com o CPC PME: 

Pequenas e médias empresas são empresas que: (a) não têm obrigação pública de prestação de contas; e (b) elaboram demonstrações contábeis para fins gerais para usuários externos. Exemplos de usuários externos incluem proprietários que não estão envolvidos na administração do negócio, credores existentes e potenciais, e agências de avaliação de crédito. 1.3 Uma empresa tem obrigação pública de prestação de contas se: (a) seus instrumentos de dívida ou patrimoniais são negociados em mercado de ações ou estiverem no processo de emissão de tais instrumentos para negociação em mercado aberto (em bolsa de valores nacional ou estrangeira ou em mercado de balcão, incluindo mercados locais ou regionais); ou (b) possuir ativos em condição fiduciária perante um grupo amplo de terceiros como um de seus principais negócios. Esse é o caso típico de bancos, cooperativas de crédito, companhias de seguro, corretoras de seguro, fundos mútuos e bancos de investimento.
Portanto, no Brasil as sociedades por ações fechadas (sem negociação de suas ações ou outros instrumentos patrimoniais ou de dívida no mercado e que não possuam ativos em condição fiduciária perante um amplo grupo de terceiros), mesmo que obrigadas à publicação de suas demonstrações contábeis, são tidas, para fins deste Pronunciamento, como pequenas e médias empresas, desde que não enquadradas pela Lei nº. 11.638/07 como sociedades de grande porte. As sociedades limitadas e demais sociedades comerciais, desde que não enquadradas pela Lei nº. 11.638/07 como sociedades de grande porte, também são tidas, para fins deste Pronunciamento, como pequenas e médias empresas.

As empresas que são consideradas microempresas e de pequeno porte se enquadram na regulamentação ITG1000 e devem entregar os seguintes relatórios contábeis:

  • Balanço Patrimonial;
  • Demonstração de Resultado do Exercício (DRE);
  • Notas Explicativas.

Dentro das regulamentações, alguns relatórios surgem como facultativos, dentre eles:

  • Demonstração do Resultado Abrangente (DRA);
  • Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
  • Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
  • Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC);
  • Demonstração do Valor Adicionado (DVA);

Quem deve assinar as Demonstrações Contábeis?

A assinatura dos demonstrativos contábeis costuma ser feita pelo sócio administrador e pelo contador responsável. Inclusive, na hora de entregar os demonstrativos a receita federal, processos de licitação, para bancos, fornecedores e clientes, todos os agentes solicitaram a assinatura do sócio administrador e do contador.

O sócio administrador é aquele que aparece na Receita Federal como administrador. A consulta para saber quem é o sócio administrador pode ser feita pelo E-CAC (Centro de Atendimento Virtual da Receita Federal), por meio do site da Receita Federal.

Quais são as demonstrações contábeis e para que servem? Um breve sumário:

A contabilidade está repleta de demonstrações contábeis. Algumas delas são essenciais e são constantemente solicitadas. Já outras demonstrações têm grau de importância menor, mas ainda continuam sendo relevantes para análises e estudos sobre os mais diferentes aspectos de uma empresa. Segue quais são e para que servem as demonstrações contábeis.

DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício)

O DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício) é uma das principais demonstrações contábeis, sendo que sua função é mostrar o resultado da empresa. Através do DRE, o gestor tem como analisar e conhecer como a empresa alcançou determinado resultado. Por contar com informações altamente relevantes, o demonstrativo de resultado também é amplamente solicitado por instituições financeiras, fornecedores, processos de licitação, órgãos públicos e demais. O CPC 26 informa que; 

A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa reconhecidos no período em duas demonstrações: demonstração do resultado do período e demonstração do resultado abrangente do período; esta última começa com o resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes.

Como referência, segue breve exemplo da estrutura completa de uma DRE:

Estrutura Completa de como montar uma DRE.
Estrutura completa de uma DRE

DFC (Demonstrativo do Fluxo de Caixa)

O Demonstrativo do Fluxo de Caixa é um relatório que mostra a performance do fluxo de caixa da companhia. O DFC é outro relatório relevante e solicitado por diferentes órgãos, instituições e empresas, e é uma ferramenta essencial para o controle financeiro de uma empresa. Ele registra todas as entradas e saídas de dinheiro em um determinado período, permitindo visualizar a situação financeira do negócio e planejar melhor as decisões.

Para elaborar este relatório, recomendamos que siga nosso artigo que ensina a fazer o Fluxo de Caixa da sua empresa, passo-a-passo.

Ao elaborar uma DFC, o gestor terá que decidir por qual tipo utilizar: a DFC indireta, ou a DFC direta.

A DFC indireta é aquela mais utilizada na hora de entregar declarações aos órgãos públicos, ou buscar renovar cadastros com fornecedores, instituições financeiras e até em processos licitatórios.

Já a DFC direta é amplamente utilizada por gestores na hora de analisar de forma analítica o fluxo de caixa da empresa. No modelo indireto, o gestor terá em mãos a imagem indireta do fluxo de caixa, ou seja, o fluxo não estará descrito de forma direta, mas a partir de contas que influenciaram de alguma forma na redução ou aumento do caixa.

Na DFC direta, o demonstrativo é direto, mostrando os valores que influenciaram de forma direta o caixa. Por isso, a DFC direta é mais utilizada por gestores que estão avaliando a empresa e buscando reconhecer acertos ou erros na gestão.

Para se aprofundar mais no assunto do Fluxo de Caixa Direto e Indireto, clique aqui.

Balanço Patrimonial

Se o gestor busca conhecer as condições patrimoniais de uma empresa, principalmente no que tange o ativo e passivo, o Balanço Patrimonial é o demonstrativo a ser visto. Dentro do Balanço Patrimonial o gestor terá uma visão detalhada do Ativo e Passivo.

O Ativo contém todos os bens e direitos de uma empresa, já o passivo contem as obrigações. Então o saldo da conta corrente do banco, os bens da empresa, crédito de impostos, valores a receber de clientes, adiantamentos feitos a fornecedores, todas essas contas ficam no Ativo. No Passivo, o gestor vai encontrar as contas de fornecedores, impostos, salários, férias, 13º a pagar, empréstimos e financiamentos, adiantamento de clientes e demais obrigações.

Vale destacar que no Passivo, ainda há o grupo Patrimônio Líquido, onde ficam as contas como o Capital Social, reservas de lucros e prejuízos acumulados.

Segue estrutura básica do Balanço Patrimonial:

  • Ativo (+)
  • Circulante (+)
  • Realizável a Longo Prazo (+)
  • Permanente (+)
  • Passivo (-)
  • Circulante (-)
  • Exigível a Longo Prazo (-)
  • Patrimônio Líquido (-)
  • Capital Social (-)
  • Lucros ou Prejuízos Acumulados (-)

A Tríade das Demonstrações Contábeis: DRE, DFC e BP

Antes de prosseguirmos com o restante das Demonstrações Contábeis, vamos dar ênfase nas três principais demonstrações: a DRE, a DFC e o Balanço Patrimonial. Estes relatórios estão intrinsecamente conectados um ao outro, e a análise conjunta deles é uma das peças chave para o processo de modelagem financeira de uma empresa.

Com estas três demonstrações o gestor terá uma visão ampla e detalhada sobre o resultado da companhia, fluxo de caixa e o patrimônio.

Por exemplo: existem números que influenciam diretamente a performance dos três relatórios, ou podem contribuir para a formulação de análises, como o fluxo de caixa dos recebimentos e as vendas.

Dentro da contabilidade é possível identificar que nem sempre o faturamento da empresa se converte em dinheiro instantaneamente. Ou seja, uma firma faz a venda de produtos e serviços, mas o pagamento só ocorre período depois. Normalmente as companhias dão de 30 até 90, ou mais dias para receber o pagamento.

Fato que pode sim influenciar no fluxo de caixa. Ou seja, em um primeiro momento, o DRE pode mostrar que o faturamento da empresa chegou em um período a um milhão de reais, mas no fluxo de caixa, a entrada referente clientes ficou em R$ 500 mil. Isso significa que nem todos os clientes pagaram os valores devidos. Essa diferença também vai aparecer no balanço patrimonial, na conta de clientes a receber.

A análise da diferença entre o faturamento e as entradas, junto do saldo de clientes a receber pode ser ainda aprofundada para determinar se os clientes estão sem pagar ou se o prazo para recebimento está correto. Inclusive, uma empresa que está espaçando muito o tempo de receber os valores de clientes pode enfrentar problemas, caso dos fornecedores estejam exigindo pagamento antecipado, ou mais rápido. A falta de caixa pode exigir que a empresa buscasse capital de terceiros, ou trabalhe com mais dinheiro em caixa a fim de inibir a falta de capital. Coisa que vai influenciar diretamente no aumento de encargos e juros. Portanto, analisar com cuidado a tríade de Balanço, DFC e DRE é essencial na hora de identificar pontos positivos ou negativos na estrutura do negócio.

Para aprofundar-se no tópico destas três demonstrações e sua importância para a Modelagem Financeira robusta do seu negócio, recomendamos este artigo do CFI (Corporate Finance Institute).

Interação entre DRE, DFC e BP - Exemplo

Ao buscar referência em relatórios reais, como os demonstrativos de empresas S.A com ações na bolsa de valores, nós encontramos a DRE, Balanço Patrimonial e DFC da Vale do Rio Doce referente ao terceiro trimestre de 2022. Existem vários números que podem ser analisados a partir dos três relatórios, mas vamos focar nossas atenções no imobilizado da empresa.

Como estamos tratando de uma companhia gigantesca, os números possuem muitas ramificações, sendo que a interação se dará de forma superficial, não exata. Inclusive, vale destacar que o imobilizado de uma empresa como a Vale vai contar com itens e bens de vários setores que vão além da própria operação da companhia, portanto não existe somente uma conta de depreciação, por exemplo.  O primeiro relatório a ser analisado é o DRE onde há os custos dos produtos vendidos e serviços. Dentro desta conta de custos operacionais, olhando desde 01/01/2022 até 30/09/2022, o resultado é de 16,873 bilhões de dólares. Ou seja, dentro deste valor existe a conta de depreciação.

Ao buscar de forma analítica, o valor de depreciação da Vale é de 2.174 bilhões de dólares. Ou seja, pouco mais de 12,88% dos custos da Vale são da depreciação e amortização dos seus imobilizados. Ainda na parte administrativa, onde há as despesas administrativas, existe uma conta de depreciação também, mas o seu valor é muito inferior, chegando aos 32 milhões de dólares.

Agora indo até o DFC, teremos os valores referentes a investimentos em imobilizado, ou seja, o dinheiro que a Vale investiu para aquisição ou melhorias nos imobilizados da empresa. Em 2022, até 30/09/2022, a Vale investiu um total de 3,659 bilhões de dólares em imobilizado. Portanto, o investimento da Vale, representa um crescimento no imobilizado como um todo da empresa, uma vez que a depreciação é inferior ao valor investido. Desse modo, é natural que haja um crescimento no imobilizado da Vale dentro do Balanço Patrimonial.

Ao analisar o BP, a conta de imobilizado possui um valor de 42.196 bilhões de dólares em 2022 contra um saldo final de 2021 de 41,931 bilhões de dólares, assim, houve um aumento de 265 milhões de dólares ao longo desses nove meses. Considerando as diferenças entre os valores e a relação dos relatórios, o aumento é perceptível na DFC e na DRE, sendo constatado finalmente no BP.

DMPL

A DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido) é mais um relatório relevante que traz os dados sobre as alterações no patrimônio líquido da companhia. Ou seja, se uma empresa registrar lucro em um período, o resultado que aparece no DRE estará na DMPL que por sua vez vão aparecer no PL dentro do Balanço Patrimonial. O CPC 26 informa:

A entidade deve apresentar na demonstração das mutações do patrimônio líquido, o resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total atribuível aos proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não controladores; para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos das alterações nas políticas contábeis e as correções de erros reconhecidas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro; para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo no início e no final do período, demonstrando-se separadamente as mutações decorrentes:(i) do resultado líquido;(ii) de cada item dos outros resultados abrangentes; e (iii) de transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário, demonstrando separadamente suas integralizações e as distribuições realizadas, bem como modificações nas participações em controladas que não implicaram perda do controle.

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Notas Explicativas

A Nota Explicativa é um relatório contábil essencial, onde o gestor terá por escrito as alterações que ocorreram no período. Por exemplo: uma empresa que possui ajustes do exercício anterior, deve informar o teor de tais ajustes em sua nota explicativa. Assim, o gestor ou qualquer pessoa que analisar os demonstrativos contábeis pode identificar o motivo das alterações. O CPC 26 informa que;

As notas explicativas são normalmente apresentadas pela ordem a seguir, no sentido de auxiliar os usuários a compreender as demonstrações contábeis e a compará-las com demonstrações contábeis de outras entidades:
(a) declaração de conformidade com os Pronunciamentos, Orientações e Interpretações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (ver item 16);
(b) resumo das políticas contábeis significativas aplicadas (ver item 117);
(c) informação de suporte de itens apresentados nas demonstrações contábeis pela ordem em que cada demonstração e cada rubrica sejam apresentadas;
Vale destacar que muitas vezes, os demonstrativos contábeis são analisados por investidores e agentes do mercado. Portanto, não há como os demonstrativos deixarem dúvidas no ar. Desse modo, a nota explicativa deve ser confeccionada de modo que não haja dúvidas sobre movimentações no Balanço Patrimonial e DRE.

DVA

A Demonstração de Valor Adicionado (DVA) é um relatório que mostra ao gestor e investidores os valores que entraram na empresa e como eles alteraram o patrimônio da companhia. Dentro da DVA há uma série de dados que vão ser compatíveis com aqueles apresentados no DRE, por exemplo, como é o caso da receita, custo de mercadoria vendida, compra de matéria prima, deduções, impostos, depreciação, dentre outros valores.

DLPA

A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, ou DLPA, é um relatório contábil importante, mas não é tão essencial, comparado ao DRE, DFC, Balanço Patrimonial, DMPL e notas explicativas, inclusive, aqueles que utilizam a DMPL, não precisam fazer a DLPA.

O demonstrativo contábil traz informações sobre ajustes do exercício anterior; reversões de reservas do lucro; lucro líquido ou prejuízo líquido, transferência para reservas de lucros, dividendos, dentre outros valores que podem impactar as reservas de lucro (ou outras reservas dentro do PL) e o prejuízo acumulado.

DRA

A Demonstração de Resultado Abrangente é obrigatória dentro da regra geral dos relatórios e também para as empresas S.A. Ao analisar a DRA, o gestor pode identificar ligações entre o relatório com a DRE e DMPL. Dentro da DRA há contas como o resultado líquido do exercício e outras de cunho abrangente, como por exemplo: resultados abrangentes de empresas reconhecidas por meio do método de equivalência patrimonial e demais resultados abrangentes. Essa diferenciação e ligação entre os relatórios faz da DRA um demonstrativo único.

Análise das Demonstrações Contábeis

Com os demonstrativos contábeis em mãos, o gestor, investidor ou interessado poderá dar início às análises e estudos. Dentre as formas de análise, existem algumas como:

Análise Vertical e Horizontal

O uso das Análises Vertical e Horizontal tem grande importância dentro dos estudos conduzidos por gestores e demais profissionais. 

Dentro da análise horizontal, o gestor tem condições de comparar diferentes períodos e identificar as mudanças nos valores de cada uma das contas. Vale destacar que as análises verticais e horizontais podem ser conduzidas em diversos demonstrativos contábeis.

Na análise vertical, o gestor terá como comparar os valores de cada uma das contas dentro de um mesmo período. Essa comparação entre os valores e o peso que cada uma das contas tem dentro de um balanço, DRE, ou até mesmo em uma DFC, é importante para identificar eventuais pontos que estão bons, ou que precisam de melhorias.

DRE e DFC

O DRE e o DFC são dois relatórios contábeis relevantes, e que, quando possuem uma Modelagem Financeira parecida, podem ser analisados em conjunto para ter uma visão mais ampla da eficiência da empresa.

O DRE mostra o resultado da empresa em um determinado período, enquanto o DFC mostra o fluxo de caixa. Como existem dois tipos de DFC, o mais indicado para análises é o direto. Através do DFC direto, o gestor terá uma visão completa de todos os valores que influenciaram diretamente o fluxo de caixa da empresa. Enquanto o DRE mostrará como a empresa alcançou o resultado no período. 

Vale destacar que esta análise pode ser ainda ampliada com a comparação entre períodos, além de colocar a análise vertical e horizontal nos relatórios.

DRE Projetado (Orçamento Empresarial)

Dentro das análises e estudos sobre os demonstrativos contábeis, o DRE Projetado é um dos mais importantes, devido a sua relevância junto à gestão orçamentária empresarial. Por meio da gestão orçamentária, é possível conduzir a construção de uma DRE projetada e avaliar quais são as expectativas referentes ao resultado da empresa para determinado período. Através dessa projeção e da gestão orçamentária, a empresa poderá definir seus objetivos e metas para alcançar e até superar a projeção feita.

Para se aprofundar no DRE Projetado e entender como ele pode ser usado para fornecer uma maior previsibildade do seu negócio, confira nosso artigo completo sobre o DRE Projetado aqui.

A importância de usar um ERP em sua empresa

Na grande maioria das vezes, todos os demonstrativos contábeis são feitos pela própria contabilidade. Ou seja, o empresário que paga os serviços de uma contabilidade, pode solicitar uma DFC, DMPL, BP, DRE, DVA e demais demonstrações, que provavelmente a contabilidade vai fornecer sem problemas.

Porém, esses relatórios por vezes não vêm acompanhados de análises, como a horizontal ou vertical e dependendo do sistema contábil, a leitura desses relatórios é complexa, mal organizada e pouco intuitiva. Assim, os sistemas integrados de gestão empresarial podem ajudar muito na elaboração e integração dos relatórios contábeis.

Com a integração dos demonstrativos contábeis, alguns sistemas de ERP podem até elaborar relatórios com análises, facilitando ainda mais a vida do gestor.

O que é ERP (Sistema de Gestão)

O ERP surgiu com o objetivo de unificar todas as informações de uma empresa em um só lugar. Dentro de qualquer negócio, há uma quantidade imensa de informações. Existem notas de compras, devoluções, vendas, revendas, salários a pagar, pró-labore, adiantamento de férias, descontos, impostos a pagar, e várias outras contas e valores.

Ao alimentar um sistema de ERP com essas informações, o gestor terá todos os dados necessários para realizar diversos tipos de análises. Há como verificar a média de vencimentos das duplicatas a receber e a pagar, por exemplo. Com isso, o gestor consegue prever se haverá caixa para fazer todos os pagamentos, ou se precisará de capital de terceiros para custear um eventual furo de caixa.

O sistema de ERP pode inclusive ajudar a empresa na hora de enviar informações à contabilidade. Como dentro de um ERP há dados de notas de saída e entrada, além das duplicatas pagas e das movimentações bancárias, o sistema pode confeccionar um relatório, ou arquivo que pode ser integrado na contabilidade.  

Um bom sistema de ERP é essencial e pode ajudar muito na gestão de uma empresa, e é essencial para profissionais de FP&A, Controladoria e Contabilidade. Por esta razão, fizemos um guia completo sobre ERPs, leia aqui!

ERP, Automação Contábil e as vantagens de centralizar sua inteligência financeira

A soma do sistema de ETP com a automação contábil vai ajudar ainda mais na gestão da empresa. A automação contábil é algo que vem crescendo e ganhando destaque no mercado. Um dos problemas entre a gestão de uma empresa e a contabilidade são os demonstrativos.  Por vezes, gestores de empresas têm dificuldades em ler um balancete, Balanço Patrimonial, ou DRE. Com isso, a análise crítica dos números fica prejudicada. A automação contábil vem para ajudar o gestor na hora de analisar um demonstrativo. Ao integrar os relatórios contábeis em um sistema de automação, o gestor poderá fazer análises e relatórios com interface mais amigável, sendo possível até customizar.

A facilidade em ler um demonstrativo, ou de fazer análises, são as grandes vantagens de se contar com a automação contábil. Por exemplo, ao contratar um bom sistema de automação contábil, o gestor terá condições de: fazer uma análise vertical e horizontal do Balanço Patrimonial, DRE e demais relatórios, integração de demonstrativos e confecção de relatórios mais amigáveis, construção de gráficos, centralização das informações, ajuda na gestão financeira entre várias outras vantagens.

Fontes e Referências

https://corporatefinanceinstitute.com/resources/accounting/three-financial-statements/

https://corporatefinanceinstitute.com/income-statement-template

https://corporatefinanceinstitute.com/resources/knowledge/accounting/balance-sheet/

https://corporatefinanceinstitute.com/resources/knowledge/accounting/statement-of-cash-flows/

http://www.vale.com/brasil/pt/investors/information-market/financial-statements/paginas/default.aspx

https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTG1000(R1)&arquivo=NBCTG1000(R1).doc

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